Olá amigos, calculo que tenhais aqui chegado, seguindo o convite e sugestão do meu irmão, o trapalhão do Alcino. Eu chamo-lhe trapalhão, já desde pequeno, que foi quando ele começou a andar com aquele ar aluado e sempre a falar em verso. Os meus pais diziam que ele era uma criança distraída, mas a professora da escola sempre soube que o meu irmão estava destinado a outros voos e até meteu uma cunha para ele ir para a Força Aérea, mas chumbou, por causa dos óculos.


Eu, como vêem, já desde pequeno que me deu mais para a História da Humanidade, a começar pela que vivia lá em casa, nomeadamente. E sempre o fiz na certeza porém. Como Dumas pai e Doutras filho, sempre persegui a verdade e não fui em comboios, nem mesmo depois de já os terem inventado.

E, como entrada, já chega de melão com presunto e vamos ao assunto.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Brites de Almeida a súmula da sêmola

Qual o quê!...A Brites era uma agarrada. Já no Verão, lá no Algarve, era a mais maluca delas todas. Feia como a trovoada, só lhe faltava o bigode, mas a despachar hambúrgueres no pão e minis p’lo gargalo, já metia respeito. Diz-se que foi lá que apanhou o vício, outros dizem que a culpa foi dos marroquinos e da rebaldaria que foi lá pela Mauritânia, naquelas raves e chás no deserto. O certo é que, quando chegou a Aljubarrota e fez a cama ao desgraçado, já tinha o vício no corpo. O facto de ter seis dedos em cada mão ajudou-a muito quando decidiu abrir uma taberna, com padaria. Era menina para levar cinco copos de três em cada mão, entalados nos dedos e um prato com torresmos à cabeça, quando não, havia azeitonas.

Para amassar o pão não dava tanto jeito, mas ela amanhava-se com um pau e às vezes com os pés.

A história de ter morto sete espanhóis à paulada, ou com a pá do pão ou com um porrete ferrado, é mentira. Basta pensar um bocadinho para concluir que só uma besta é que punha a Brites a dar uma porrada no cachaço de um espanhol. Logo um espanhol, que é do melhor que há para fazer despesa numa tasca. E gastam muito pão, por causa das tapas. A Brites, nunca. Ela até dizia, a brincar: “Puta madre, que os espanhóis a beber parece que estão rotos!” E eles riam. Eu, às vezes, também. Ainda hoje.

1 comentário:

  1. a gaja era algarvia?! g'anda maluca. isso do bigode, antigamente usava-se, que eu já vi umas fotografias. mas,boa professor, sempre em cima. já agora, da próxima arranje gajas sem bigode.

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