A coisa deu-se foi assim. Uma manhã acordaram e quando chegaram à praia estava lá um elefante do tamanho de um prédio da Torralta. Ora porra, exclamaram os banhistas, observando em uníssono a bizarma criatura, um elefante na praia!?... Toda a península de Tróia, fronteira à bela vila de Setúbal era uma popular estância de banhos e solários para gentes das 7 partidas que ali chegavam. De um lado a harmoniosa foz do Sado e do outro o mar imenso e muito azul. Mas não tinha elefantes.
O súbito aparecimento daquela monumental presença em pleno areal e logo pela fresca, deixou-os a ferver de curiosidade e temor.
Houve quem pensasse mandar-lhe pacotes de amendoins e gasosas para o assustar e mandar embora. Mas a bizarma não se mexia nem intimidava, permanecendo quieto e enorme, de tromba caída para a areia.
Passou-se um dia e outro e quase uma semana depois, o filho da mãe do trombalazanas ainda lá estava de plantão, no meio da praia. Foi quando as gentes começaram a ir-se embora, fartos daquela presença estúpida e incómoda.
Quando todos se tinham ido já embora, foi quando uma porta se abriu e Belmiro, o Vesgo saiu com ar triunfante, assomando no alto, no pequeno palanque instalado no dorso da besta.
Olhando em redor com ar sonhador e distante, estendeu o braço com majestade e disse em voz alta: "ali, vai ser um hipermercado, acolá, uma casa de putas..."
E assim é que foi, que por causa disso é que eu nunca mais fui a banhos a Tróia.
Se quer saber a minha opinião, você é uma besta, seu charlatão. Aposto que você nem nunca viu um elefante, nem nunca viu uma praia, como deve de ser, com toldos e barracas e tudo. Seu estúpido.
ResponderEliminarés espectáculo, professor, caga nesse gajo
ResponderEliminarEntão esta cena não desenvolve ?!!!
ResponderEliminar